Caminhos para consolidação do SISS-Geo SUS

Em 2020, consolidou-se o projeto SISS-Geo SUS ("Ações para o fortalecimento da vigilância integrada de arboviroses"), com o aporte de recursos para a ampliação do desenvolvimento e inovação de tecnologias, métodos e estratégias para a vigilância de arboviroses no Brasil, com duração prevista para 24 meses.

A avaliação de risco e áreas prioritárias, com base na modelagem de dados de corredores ecológicos de transmissão da febre amarela na região Sul, foi uma das estratégias iniciais que trilharam o caminho  do grupo de estudo formado pelos especialistas da Coordenadoria de Vigilância de Arboviroses – CGARB do Ministério da Saúde, a Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre - Fiocruz e a SUCEN - São Paulo, em 2017.

Entre as experiências iniciais, uma oficina técnico-científica em 2018, reuniu cerca de 20 especialistas e representantes de secretarias de saúde de vários estados brasileiros e importantes instituições para discutir, aprimorar e gerar novos modelos de analise de risco e cenários favoráveis à ocorrência da Febre Amarela de forma a apoiar as decisões para o controle e prevenção da doença. 
Foto Rita Braune
Em alinhamento aos objetivos e metas do projeto, foram realizadas 10 (?) reuniões e seminários em 7 estados e Distrito Federal, com o objetivo  de compartilhar e integrar metodologias, técnicas e resultados.

Gestores, profissionais de saude e ambiente foram capacitadas no SISS-Geo para multiplicar o conhecimento com outros grupos como agentes comunitários de saúde e agentes de endemias e apoiar o monitoramento de epizootias.

A consolidação do SISS-Geo SUS em 2020, se deve em boa parte às experiências já realizadas em várias regiões do Brasil como o sul do país, que promoveram a partir de resultados preliminares, ganho de escala para ampliação geográfica do projeto em outras regiões do Brasil.

O SISS-Geo integra em sua plataforma, um conjunto de dados que vão desde as informações geradas pela sociedade até milhares de dados oriundos de camadas socioambientais, infraestrutura e de saúde.
O estudo do relacionamento dessa grande massa de dados que produz modelos computacionais e indicam fatores de favorabilidade de ocorrência de zoonoses, foi motivo da criação do Grupo de Modelagem em FA (GruMFA), que conta com especialistas da Fiocruz, das secretarias de saúde de São Paulo e Rio Grande do Sul, e com parcerias promissoras com o Imperial College de Londres.
Em 2020 esse modelos foram finalizados e ... (perguntar a Marcia e Eduardo)

Ainda em 2020, a geógrafa e pesquisadora bolsista Livia Abdalla, da Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre da Fiocruz e aluna do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Defesa do Instituto Militar de Engenharia (IME), conquistou o 1o lugar na categoria geral com sua tese de doutorado "Modelagem baseada em dados para previsão da emergência de zoonoses: um estudo de caso da Febre Amarela Silvestre no Brasil".

Figura 1: Caracterização estatística utilizando dados de uso e cobertura do solo da plataforma MapBiomas

A pesquisadora utilizou o mapeamento anual e sistemático do uso e cobertura do solo produzido pelo MapBiomas para a caracterização socioambiental dos  5.571 municípios brasileiros e os dados oficiais dos surtos de febre amarela no Brasil desde 1999 a 2018. Por meio de métodos de aprendizagem de máquina identificou padrões comuns aos municípios com casos positivos para a Febre Amarela.

O resultado e parceria contribuem para novas estratégias de vigilância de Febre Amarela que vem sendo discutidas e aplicadas pela Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre da Fiocruz em conjunto com a Coordenação Geral de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde, no Projeto SISS-Geo SUS.

 

Levar a ciência para todos e contemplar os colaboradores do Sistema de Informação de Saúde Silvestre (Siss-Geo) que mais se destacaram no ano: essa é uma das ações de reconhecimento da participação da sociedade no monitoramento de animais silvestres e nos esforços da Fiocruz em identificar, prevenir e controlar doenças que circulam entre animais e humanos.

A premiação 10+ colaboradores do SISS-Geo ocorre desde 2016. Em 2019, a visibilidade da premiação foi ampliada na participação especial de mulheres; unidades de conservação; estados brasileiros; profissionais de saúde ambiente e outros órgãos; e unidades de saúde incorporados ao SISS-Geo SUS. 

Este ano, em decorrência da pandemia de Covid-19, a premiação ocorre on-line com vídeos dos vencedores divulgados nas redes sociais do Siss-Geo (Facebook e Instagram).

Conheça as categorias e os premiados aqui

Veja os vídeos com os depoimentos e as motivações para o uso do aplicativo.