Centro de Informação em Saúde Silvestre - Fiocruz realiza curso no Parque Nacional da Serra dos Órgãos em Teresópolis

Crédito
Rita Braune e Marcia Chame

Mais de 100 pessoas entre professores, biólogos, estudantes, monitores ambientais e gestores do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, participaram do curso "Monitoramento de animais no Parque Nacional Serra dos Órgãos uma ferramenta para a saúde silvestre e humana e a gestão da biodiversidade", realizado pela equipe do Centro de Informação em Saúde Silvestre em parceria com o PARNASO nos dias 21 e 22 de março, em Teresópolis, Rio de Janeiro.

Nas dinâmicas de grupos os participantes discutiram e apresentaram considerações sobre Porque e Para que é preciso monitorar animais nas unidades de conservação e seu entorno;  Os múltiplos usos do SISS-Geo (Sistema de Informação em Saúde Silvestre); Como gostariam que os registros fossem usados no sistema e que informações gostariam de ter a partir dos dados gerados no Parque?

Entre vários temas, os grupos destacaram que o monitoramento pode contribuir para a geração de políticas e ações de manejo e uso público das áreas e trilhas do Parque, para o conhecimento da distribuição de espécies ameaçadas e endêmicas, para o controle de espécies invasoras, caça e apoio à fiscalização, assim como, para a identificação das áreas importantes para a reprodução de espécies e conexão de corredores ecológicos com áreas vizinhas.

A ampliação do banco de dados da fauna já existente, com o uso do SISS-Geo, possibilitará a ordenação, organização e facilidade na busca e visualização dos dados e integração com diversas bases de dados de apoio à tomada de decisão.

A divulgação dos registros e resultados proporcionará, também, o aumento da interação com a população do entorno e o desenvolvimento de mecanismos para a redução de impactos negativos resultantes das atividades antrópicas. A partir dos registros, espera-se poder ampliar as relações ecológicas, o conhecimento das espécies e as relações destas com a saúde humana.

O treinamento do SISS-Geo foi realizado na sede do PARNASO, quando os participantes instalaram o aplicativo em seus celulares e simularam entradas de registros de animais, utilizando modelos para simulação.

Sobre os múltiplos usos do SISS-Geo, foi consenso entre os grupos que Sistema de Informação em Saúde Silvestre - SISS-Geo pode promover e auxiliar a pesquisa científica, a educação ambiental, o combate de epidemias e consequentemente a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Sugestões para a incorporação de novas funcionalidades no SISS-Geo foram dadas como: identificação de "hotspots" e prováveis localizações (habitats) de espécies, geração de mapas para estudos e riscos de extinção.

O curso é fruto da parceria entre a Fiocruz e o PARNASO com alinhamento na missão de "Conservar o remanescente da Mata Atlântica em seu domínio, incluindo os recursos naturais, a biodiversidade e a paisagem, promovendo a visitação de qualidade, a educação ambiental, a pesquisa e a disseminação de conhecimentos".

O Parque abriga mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas pela ciência, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais ameaçados de extinção e muitas espécies endêmicas (que só ocorrem neste local).

Veja no vídeo abaixo depoimentos de participantes: