Fiocruz realiza oficinas na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns

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Rita Braune

Durante 12 dias, de 3 a 15 de julho, a equipe da Fiocruz integrada por nove profissionais de diferentes áreas – biologia, ciência da computação, antropologia, comunicação e geografia – percorreu mais de 333km no Rio Tapajós e se deslocou entre 8 comunidades da reserva.

O objetivo das oficinas foi discutir a relação entre a saúde silvestre e humana, e a conservação da biodiversidade para a prevenção de zoonoses emergentes na região.

A participação de moradores vizinhos nas oficinas às comunidades polos somou um total de 16 comunidades que trocaram conhecimentos, experiências e aprenderam sobre o monitoramento e a aplicação de boas práticas para o controle e prevenção de zoonoses emergentes a partir da utilização do aplicativo para celular do Sistema de Informação em Saúde Silvestre – SISS-Geo (FIOCRUZ).

Durante as oficinas, 259 famílias reunidas em pequenos grupos responderam aos questionários de Percepção e Análise de Risco de zoonoses emergentes, com o apoio da equipe da Fiocruz.

Para o treinamento do aplicativo do Sistema de Informação em Saúde Silvestre SISS-Geo, uma  rede wi-fi local foi criada em cada comunidade e o aplicativo instalado nos celulares dos moradores.

Nas aulas práticas foram usados bichos de pelúcia para simulação de ocorrência de animais silvestres no campo e registro no SISS-Geo. 71 pessoas se cadastraram  no aplicativo e foram entregues 23 celulares em regime de comodato para 11 comunidades.

Os moradores participaram ainda da oficina de montagem do material educativo Série Vetores com modelos tridimensionais  de espécies de vetores que fazem parte da biodiversidade brasileira.

As oficinas foram encerradas com palestra da Dra Marcia Chame, coordenadora do projeto, sobre biodiversidade e saúde, e as principais zoonoses da região: formas de transmissão, prevenção e cuidados.

Os moradores da Resex acolheram a equipe da Fiocruz em suas escolas e em seus galpões comunitários e percorreram com a equipe, as trilhas das comunidades e da mata.

Graças ao esforço coletivo e participativo de 406 moradores, entre ribeirinhos e indígenas, foi possível agregar o componente das relações da saúde silvestre com a saúde humana nas comunidades.


 

* A realização da expedição contou com o apoio:

FUNDO BRASILEIRO PARA A BIODIVERSIDADE – FUNBIO

FUNDAÇÃO DE APOIO PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO EM SAÚDE – FIOTEC