Oficina internacional discute modelo de coleta de dados de febre amarela

Crédito
Comunicação - Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde

Entre os dias 19 e 20 de novembro profissionais em epidemiologia do Brasil e do  exterior se reuniram em Brasília para discutir e apresentar novas ferramentas e modelos práticos para o enfrentamento de casos e surtos de febre amarela. O workshop Brasil: modelagem de dados aplicada à febre amarela foi uma realização da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) com colaboração do Imperial College London, da University of Minnesota, do UNICEF e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).  

Segundo Daniel Ramos, assessor técnico da Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis (CGDT/DEVIT/SVS/MS), o que se busca é uma coleta de dados que permita mapear de forma cada vez mais assertiva as regiões mais suscetíveis ao vírus. “Estamos procurando nessa oficina respostas para ações inovadoras já no próximo verão”, disse. No Brasil, a coleta desses dados é feita prioritariamente por meio da vigilância de primatas não humanos (PNH).

O mapeamento de áreas de maior suscetibilidade também permite que ocorram avanços no mapeamento das regiões onde deve ser realizada a vacinação. “A finalidade aqui também é dar sustentabilidade ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) evitando a transmissão urbana da febre amarela”, explica Alessandro Pecego, assessor técnico da CGDT. A transmissão urbana da febre amarela não é notificada no Brasil desde 1942.  

O coordenador-geral da CGDT, Renato Alves, salientou que o produto da oficina visa apoiar as autoridades nas três esferas de governo para definir os controles mais apropriados para surtos de febre amarela, a fim de reduzir a disseminação da doença e sua letalidade.