Probio II realiza workshop de encerramento com os beneficiários do projeto, em Brasília

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Rita Braune

Cerca de 60 colaboradores do Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade, denominado Probio II, participaram do workshop de encerramento do projeto no dia 03 de dezembro no MMA (Ministério do Meio Ambiente), em Brasília.

O Probio II é uma iniciativa nacional coordenada pelo MMA que ao longo de seis anos reuniu projetos beneficiários dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, do Desenvolvimento Agrário – MDA, da Saúde – MS, da Ciência e Tecnologia – MCT, além do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade- ICMBio, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro – JBRJ, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.

A mesa de abertura foi composta pela Gerente do Banco Mundial, Adriana Moreira, pelo Diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade do MMA, Carlos Alberto de Matos Scaramuzza, pela diretora executiva de Fundos da Caixa, Deusdina dos Reis Pereira e pela secretária-geral do FunBio, Rosa Lemos de Sá.

Os principais resultados e metas alcançadas, os desafios enfrentados e a  integração entre as diferentes áreas foram apresentados pelas instituições beneficiárias durante mesas redondas sobre: “Biodiversidade e o setor privado” mediada por Fernanda Marques (FunBio) com a participação de Rosa Lemos de Sá (FunBio), Roberto Waack (USP) e Bruno Mariani (Conselho FunBio); "Avanços e Desafios na Gestão de Espécies Ameaçadas" mediada por Ugo Vercillo (ICMBio) com a participação de Rosana Subirá (ICMBio), Gustavo Martinelli (JBRJ) e Luís Fábio Silveira (Museu de Zoologia da USP); “Biodiversidade e Saúde”  mediada por Marcia Chame (Fiocruz) com a participação de Carlos Corvalan (OPAS), Renato (SVS (Ministério da Saúde) e Fernando de Ávila Pires (Fiocruz); “Agropecuária e Biodiversidade” mediada por Rogério Dias com a participação de Josias Miranda (MAPA), Rosa Lia Barbieri e Juliano Gomes Pádua (EMBRAPA); “Disponibilização de Informação sobre a Biodiversidade (PainelBio, Obras Raras, SIBBR, Sistemas de informação, Monitoramento da Biodiversidade)” mediada por Pablo Pena Rodrigues (JBRJ) com a participação de Fabiana Montanari (Scielo), Luiz Merico (IUCN), Andréia Portela (MCTI) e Eduado Dalcin (JBRJ).

Para Adriana Moreira do Banco Mundial, as metas alcançadas ultrapassaram as expectativas e o projeto deixa um grande legado.

Adriana destacou a criação do CISS (Centro de Informação em Saúde Silvestre) e a sustentabilidade do projeto com a sua internalização pela Fiocruz.
“O projeto se encerra com ações inovadoras e internalizadas. Isso para um financiador é o sonho. Antes do ProbioII o Brasil não conhecia a saúde silvestre e no caso da Fiocruz, o impacto foi além das expectativas."

Adriana ressaltou que “O Probio II foi um projeto inovador pela sua transversalidade e arranjos institucionais possibilitaram a abertura de uma nova área de negócios na Caixa Ecônomica Federal” e citou os resultados do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) com a criação de uma Política Nacional de Agricultura Orgânica e Agroecologia, a criação do CNCFlora pelo JBRJ (Jardim Botânico do Rio de Janeiro), os avanços do ICMBio em centralizar a conservação das espécies e os Planos de Ações Nacionais (PAN), os avanços de conciliação dos recursos naturais com o desenvolvimento agrário promovidos pela Embrapa e o resgate de documentos importantes por meio da plataforma Scielo desenvolvida pelo MCTI (Ministério da Ciência e Tecnologia).

Em sua fala na abertura do evento, a representante do Banco Mundial Adriana Moreira disse: “Nós não somos protagonistas, somos catalizadores”.

Daniela Oliveira, gerente de projeto do MMA que participou do Probio II desde o seu início, disse:  “Me sinto muito orgulhosa de ter acompanhado todo o projeto desde 2005 e ver agora os resultados obtidos”.

Daniela ressaltou que o Probio I que precedeu o Probio II, possibilitou uma reestruturação dentro do MMA que começou em 1997 e os resultados viabilizaram a criação da Secretaria de Florestas.

Para Daniela, a Fiocruz se destacou no uso dos recursos e na produção de resultados relevantes, muito além do que se pensou. “A Fiocruz foi a instituição que mais trabalhou as Metas de Aichi”, disse.

O Probio II contou com recursos de doação do Global Environmental Facility – GEF, no valor US$ 22 milhões.

Ao apresentarem seus resultados, as instituições beneficiárias demonstraram o sucesso do projeto e que o Brasil enfrentou o desafio de tratar a biodiversidade nacional de forma unificada e transversal.