Registros de primatas no SISS-Geo contribuem para vigilância de epizootias no Brasil

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Equipe CISS

O aumento do número de casos de Febre Amarela em 2017 despertou a atenção das autoridades em saúde do País. Combatida por Oswaldo Cruz no início do século XX e erradicada dos grandes centros urbanos desde 1942, a doença voltou a assustar os brasi­leiros, com a proliferação de casos de febre amarela silvestre nos últimos meses.
Esta zoonose, que no seu ciclo silvestre circula entre primatas, é monitorada, em conjunto, pela Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, estados e municípios. O fato dos macacos adoecerem ou morreram antes de haver casos humanos de Febre Amarela faz com que a vigilância de surtos nestes animais seja da maior importância no controle e prevenção da doença.
Para facilitar a participação da sociedade e disponibilizar, em tempo real, as ocorrências de animais mortos ou doentes de importância para a saúde pública e a conservação da biodiversidade, a FIOCRUZ desenvolveu o aplicativo SISS-Geo.  Auxiliando o Sistema de Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos (PNH) do Ministério da Saúde, os registros de macacos mortos são informados imediatamente aos órgãos responsáveis, que investigam  adequadamente esses eventos e, assim, subsidia  a  tomada  de  decisão  para  a  adoção  de  medidas  preventivas.
As informações registradas no SISS-Geo são armazenadas em bancos de dados que se relacionam com mais de 30.000 camadas temáticas (ambientais censitárias, sociais, econômicas, agropecuárias, climáticas,entre outras) e  também geram modelos computacionais de previsão de zoonoses.
De outubro de 2016 à agosto de 2017, 109  registros de primatas foram enviados por colaboradores ao SISS-Geo, em 13 estados brasileiros, dos quais 71,9%  vivos e 28,1% mortos.
(veja o mapa “on line”em www.biodiversidade.ciss.fiocruz.br).
Entre os registros enviados encontram-se as espécies Callithrix ­jacchus, Callithrix aurita, Callithrix penicillata, Sapajus nigritus, Aloua­tta guariba clamintans, Leontopithecus rosalia, Callicebus cinerascens.
Podemos ganhar tempo e melhorar as ações de prevenção, se todos auxiliarem no monitoramento de epizootias.
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É só baixar o app na Google Play.

* Fontes da matéria: Portal Fiocruz - Febre Amarela,   Guia de vigilância de epizootias em primatas não humanos e entomologia aplicada à vigilância da febre amarela / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde