SISS-Geo é apresentado no primeiro Simpósio da Rede Saúde Única da Fiocruz no Rio Grande do Sul

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Thamara Santos de Almeida


 

A Rede Saúde Única da Fiocruz no Rio Grande do Sul foi criada para ampliar a presença institucional na região Sul do Brasil e para contribuir com ações de pesquisa, ensino, inovação e extensão em Saúde Única.  

Nos dias 31 de maio e 1 de junho a rede promoveu o “I Simpósio Estadual de Saúde Única do Rio Grande do Sul” com o intuito de difundir os conceitos e práticas da "Saúde Única", destacando a importância da colaboração interdisciplinar e transdisciplinar na prevenção e controle de doenças transmissíveis, especialmente as zoonoses.  

O evento ocorreu no Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS/UFRGS) e reuniu profissionais, pesquisadores, tomadores de decisões, legisladores, estudantes e demais interessados na interação entre saúde humana, animal e ecossistemas da região e especialistas de países vizinhos, além de diversas coordenações da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. O evento, presencial, contou com a transmissão on-line no canal da UFRGS TV do YouTube.  

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No dia 31/05 o SISS-Geo foi apresentado no Simpósio pela pesquisadora Marcia Chame, coordenadora da Plataforma de Biodiversidade e Saúde Silvestre (PIBSS) da Fiocruz na palestra intitulada “Ciência Cidadã contribuição à diversidade biológica e a Saúde Única: a experiência do SISS-Geo".  

Na oportunidade, foi apresentado como o SISS-Geo funciona, suas funcionalidades e como ele colabora para a vigilância de emergência de zoonoses usando como estudo de caso o monitoramento de primatas não humanos na estratégia nacional de enfrentamento da Febre Amarela. Além da importância da utilização dele no monitoramento de aves como estratégia de vigilância para a Febre do Oeste do Nilo e demais zoonoses, bem como, perspectivas de uso futuro para as zoonoses urbanas. Por fim, a palestra abordou o conceito de Saúde Única e seus fatores de interação associados e como os impactos ambientais, como a fumaça dos incêndios atua na dispersão de patógenos, entre outros exemplos.

Marcia destacou no final da sua fala a importância de olharmos para a evolução de todas as formas de vida envolvidas no contexto das zoonoses: “Hoje a gente não olha com atenção para a capacidade evolutiva adaptativa de patógenos, vetores de hospedeiros (...) Tudo isso se move, certamente mais rápido do que conseguimos pesquisar, tudo que hoje pensamos ser verdade amanhã pode ser muito diferente”

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