Almirante Ibsen, como todos o conheciam, sempre foi entusiasta dos jovens. Sempre atendeu aos convites para palestras nos mais modestos cursos de graduação até os fóruns internacionais. Nunca se furtou de discutir e apresentar suas ideias a temas polêmicos, como os transgênicos. Sempre soube o quanto é preciso construir fortes competências para que a conservação se imponha a favor da vida.
Formou, de uma forma ou de outra, a maior parte de nós que hoje continua a sua luta para a conservação das espécies e de seus ecossistemas.
Foi imprescindível na criação dos Parques Marinhos brasileiros e na Amazônia. Mas, muito mais que isso influenciou políticas e deu norte e apoio a muitas iniciativas espalhadas por todo o País quando ainda eram meramente ideias. Nas conversas sobre as relações da saúde silvestre e humana sempre tinha excelentes perguntas, construídas a partir do entendimento da conexão das relações mais complexas da natureza.
Sempre foi um porto seguro de bom senso e visão de futuro. Estudioso e conhecedor a fundo de muitos saberes representa, no mais alto nível, a distinção do que deve ser um Conservacionista.
Agradecer o convívio, o exemplo e o otimismo, mesmo nas situações mais difíceis, é muito pouco.
Cabe a nós continuar e honrar sua missão.
À frente sempre o teremos como o Norte verdadeiro