A peste

Peste é o nome dado à zoonose causada pela bactéria Yersinia pestis. É uma doença com sintomas severos que acomete vários mamíferos, inclusive o homem que é um hospedeiro acidental. A forma mais comum é a peste bubônica, que é transmitida pela picada de pulgas que vivem em animais infectados e já causou três pandemias ao longo da história. Existe em diversos lugares do mundo e pode ficar anos sem ser detectada, gerando a falsa impressão de que o ciclo está extinto, porém, ela pode reemergir após longos períodos de dormência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2010 a 2015 foram registrados 3.248 casos de peste no mundo, dos quais 584 (18%) evoluíram para óbito.   
De acordo com a OMS, os três países onde a doença ocorre de maneira recorrente são a República Democrática do Congo, Madagascar e o Peru. No Brasil, há focos naturais de peste nos estados do Ceará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí, na Região Serrana do Rio de Janeiro e no nordeste de Minas Gerais. Apesar disso, o último caso registrado da doença no país foi em 2005, no Ceará e óbitos por peste não são registrados no Brasil desde 1987.


A bactéria, a pulga e a peste


A bactéria do gênero Yersinia pertence a família Enterobacteriaceae e possui 11 espécies, mas apenas três causam doença para os humanos: Y. pestis que causa a peste, Y. pseudotuberculosis e Y. enterocolitica que causam a Yersiniose, cujos sintomas se restringem mais ao trato gastrointestinal com transmissão oral-fecal, ou seja, principalmente por ingestão de água ou alimentos contaminados.

A peste bubônica é a mais comum e a transmissão da bactéria é feita pela picada da pulga que inocula a bactéria na pele. Uma vez na corrente sanguínea, esta migra até chegar aos linfonodos que inflamam e incham formando bubões (acúmulo de pus), dando o nome característico da doença. Se a doença não for tratada rapidamente, as bactérias livres na corrente sanguínea podem atingir os pulmões, causando a forma pneumônica da doença, que passa a ser eliminada pela respiração e tosse, infectando outras pessoas de maneira direta, a forma mais grave da doença. A forma septicêmica (disseminada) é geralmente uma consequência das outras formas.    
As pulgas são os vetores da peste bubônica. Pertencem à ordem Siphonaptera, que possui quase três mil espécies, 60 destas já identificadas no Brasil. Os machos e as fêmeas se alimentam do sangue de mamíferos e aves através do seu aparelho bucal do tipo picador-sugador.  A pulga ingere o sangue contaminado com a bactéria no animal hospedeiro e irá se multiplicar em seu estômago. Ao picar outro animal ou o homem para se alimentar, a pulga inocula miríades da bactéria na corrente sanguínea, infectando-o.   
A peste chegou ao Brasil com a colonização, com os roedores europeus infectados com pulgas e bactérias que vinham nos navios que aqui chegavam da Europa. No Brasil, o contato dos roedores exóticos, que passaram a viver nas cidades, com os roedores silvestres permitiu que as bactérias da peste infectassem as pulgas e roedores brasileiros.  As pulgas das espécies Polygenis bolhsi e P. tripus são importantes na disseminação da doença em roedores silvestres nos campos e nos imóveis, e também na origem da peste humana no Brasil. Outras espécies com grande capacidade vetora são as espécies Xenopsylla cheopis, X. brasiliensis e X. astia, que parasitam principalmente os roedores, Ctenocephalides canis e C. felis, que parasitam cães e gatos e podem transmitir a peste de animais domésticos para o homem. Pulex irritans, conhecida como a “pulga do homem”, também é um provável vetor.   
Diversos animais podem ser infectados pelas pulgas com a Y. pestis, mas nem todos adoecem, pois uns são mais resistentes que outros. Dentre as mais de 300 espécies de mamíferos já descritas como hospedeiras da Y. pestis, os roedores são maioria. Há cerca de 230 espécies de roedores, no mundo, que são hospedeiros naturais da bactéria e, portanto, os principais responsáveis pela sua manutenção e disseminação. Os roedores sinantrópicos comensais, ou seja, aqueles que sobrevivem na dependência das populações humanas como a ratazana (Rattus norvegicus), o rato comum (Rattus rattus) e o camundongo (Mus musculus) são capazes de manter importantes focos de peste e podem se infectar também pelo contato com roedores silvestres. No Brasil, os roedores dos gêneros Necromys, Calomys, Oligoryzomys, Oryzomys, Galea e Thrichomys têm papel importante na transmissão.   
As ratadas, aumento rápido das populações de roedores em razão da oferta de alimento, como se observa na época de frutificação de bambus e taquaras, devem ser acompanhadas pela vigilância sanitária. Após esse período, com a diminuição da oferta de sementes, os animais, já em superpopulação, procuram outras fontes alimentares e adentram plantações, silos e armazéns, o que facilita o contato com humanos. Alterações ambientais e no clima também podem afetar a população de roedores de uma região.   
Outros mamíferos, como primatas não humanos, ruminantes, carnívoros, entre outros, também podem ser hospedeiros, incluindo cães e gatos domésticos de regiões com focos estabelecidos. 


Vigilância e Prevenção


O Ministério da Saúde do Brasil realiza a vigilância epidemiológica da peste monitorando os focos naturais no país, fazendo diagnóstico precoce em humanos e reduzindo a letalidade da doença.    
O aumento do número de roedores e pulgas em determinadas regiões ou infestações domiciliares de ratos, devem ser comunicados aos serviços de saúde do município. Coletas regulares de amostras de sangue de cães nos focos ativos de peste e a captura de roedores e pulgas para testes em busca da bactéria também podem ser realizadas.    
A mobilização da sociedade em relação à doença também é um fator importante, especialmente no combate aos roedores e pulgas. É necessário impedir o acesso de roedores a alimentos, água e abrigo em áreas próximas aos humanos e evitar o acúmulo de lixo e entulho. Em zonas rurais, o armazenamento dos produtos das colheitas deve ser muito bem controlado, assim como os silos devem ser construídos em locais elevados para dificultar o acesso dos animais aos cereais. 

Vários mamíferos podem ser hospedeiros da peste, mas a picada de pulgas infectadas é o principal modo de transmissão.


Sintomas, diagnóstico e tratamento 


Em todas as formas de peste são comuns sintomas como febre alta, calafrios, dor de cabeça intensa, dores generalizadas, náuseas, vômitos, pulso rápido e irregular, hipotensão arterial, prostração e mal-estar geral. A forma bubônica pode apresentar sintomatologia moderada ou mesmo benigna. No segundo ou terceiro dia, a inflamação dos linfonodos se manifesta com dor intensa e, frequentemente, há eliminação de material purulento. Na peste pneumônica, pode haver dor no tórax, respiração curta e rápida, cianose (cor azulada ou acinzentada da pele) e expectoração sanguinolenta. A confirmação da peste é feita por diagnóstico laboratorial, utilizando amostras de sangue, escarro ou aspirado do bubão. O  tratamento é feito com antimicrobianos. Em caso de suspeita de peste, procure atendimento médico o mais rápido possível.   
A caça de animais silvestres é um fator de risco importante, não só relacionado à peste, mas a diversas outras zoonoses. A manipulação ou ingestão da carne e vísceras dos animais pode ser  porta de entrada para os microrganismos. No caso da peste, roedores silvestres, como o preá, podem ser uma fonte de infecção para seus caçadores. Por conta disso, a caça de qualquer animal silvestre não é recomendada.

 

Principais sintomas da peste em humanos, embora em sempre presentes. Algumas pessoas são assintomáticas.

Roedores silvestres brasileiros positivos para Yersinia pestis

Nome científico do roedor

Nome vulgar do roedor

Local da ocorrência (UF)

Akodon cursor    
(Winge, 1887)

rato-do-chão

NI (CE, PB, PE, RN, BA, MG e RJ)

Necromys lasiurus    
(Lund, 1841)

pixuna

Município Solânea (PB), Chapada do Araripe (PE), Triunfo (PE), Planalto da Borborema (PE), Planalto da Borborema (PB), NI (CE), Exu (PE), Triunfo (PE), Natuba (PB), Guaraciaba do Norte (CE), Ipu (CE), São Caetano (PE)

Calomys callosus    
(Rengger, 1830)

rato-do-mato

Chapada do Araripe (PE), Não especificado (CE)

Galea spixii (Wagler, 1831) e G. spixii wellsi (Osgood, 1915)

preá-de-dentes-amarelos-de-Spix

Serra de Baturité, Chapada do Ararípe, Serra da Ibiapaba (NI), Planalto da Borborema (PB), Chapada do Araripe (PE), NI (CE, PB, PE, RN, BA, MG e RJ)

Holochilus sciureus    
(Wagner, 1842)

rato de cana

Solânea (PB)

Nectomys squamipes   
(Brants, 1827)

rato-d’água

NI (CE, PB, PE, RN, BA, MG e RJ)

Oligoryzomys eliurus   
(Wagner, 1845)

rato-do-arroz

Chapada do Araripe (PE), Planalto da Borborema (PB), NI (CE, PB, PE, RN, BA, MG e RJ), Aratuba (CE)

Cerradomys subflavus   
(Wagner, 1842) 

rato-do-mato

Triunfo (PE), Tacaimbo (PE), Solânea (PB), Chapada do Araripe (PE), Planalto da Borborema (PE), Planalto da Borborema (PB)

Oxymycterus quaestor   
(Thomas, 1903)

rato-do-brejo

NI (CE, PB, PE, RN, BA, MG e RJ)

Rattus rattus   
(Linnaeus, 1758)

rato-preto

Triunfo (PE), Ipu (CE), Serra de Baturité, Chapada do Ararípe,    
Serra da Ibiapaba (NI)

Rattus rattus alexandrinus

rato de barriga preta

Planalto da Borborema (PB), Planalto da Borborema (PB), Triunfo (PE), NI (CE, PB, PE, RN, BA, MG e RJ), Exu (PE)

Rattus rattus frugivorus

rato de barriga branca

Planalto da Borborema (PB), Chapada do Araripe (PE), NI (CE, PB, PE, RN, BA, MG e RJ)

Rattus rattus rattus

-

NI (CE, PB, PE, RN, BA, MG e RJ)

Rattus norvegicus   
(Berkenhout, 1769)

ratazana

Exu (PE)

Thrichomys apereoides   
(Lund, 1839)

punaré

Chapada do Araripe (PE), Exu (PE)

Monodelphis domestica   
(Wagner, 1842)

cuíca-de-rabo-curto

Chapada do Araripe (PE), Planalto da Borborema (PB)

Didelphis albiventris   
(Lund, 1840)

gambá-de-orelha-branca

Planalto da Borborema (PB)


A peste na história humana


A famosa peste negra, assim denominada por causar gangrena em certas partes do corpo e foi responsável por três pandemias ao longo da história. A primeira ocorreu no século VI no Egito e se espalhou para a Europa e Ásia, matando cerca de 40 milhões de pessoas. A segunda é a mais famosa e teve início na Ásia, mas rapidamente chegou à Europa, causando inúmeras epidemias na Idade Média ao longo dos quatro séculos seguintes, assolando inúmeras cidades e matando aproximadamente um terço dos habitantes. Várias pinturas da época retratam doentes, pilhas de mortos e médicos usando máscaras em forma de bico de pássaro, que não os protegiam da doença. 

Pessoas mortas e doentes eram ilustradas em pinturas sobre a pandemia de peste na Europa durante a Idade Média. O aspecto religioso frequentemente estava presente. Imagem: Wikimedia Commons.


A terceira pandemia surgiu na China no século XIX, quando a peste chegou ao Brasil - com provável entrada pelo porto de Santos (SP), no ano de 1899, e em outros portos do país nos anos seguintes. Entre as medidas de combate à peste na época, destacam-se a compra de ratos da população, isolamento dos doentes, desinfecção de casas e objetos e até a incineração de pertences. O medo de novas epidemias foi fundamental para a criação do Instituto Butantã em São Paulo e do Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro, na época denominado Instituto Soroterápico Federal, cuja missão incluía a produção de soros para o tratamento dos doentes.

 

 

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