Redes participativas potencializarão o Sistema de Informação em Saúde Silvestre

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Marina Lemle / Fiocruz

Para apoiar a alimentação do Sistema de Informações em Saúde Silvestre - SISS foram criadas duas redes participativas.

Rede de Laboratórios em Saúde Silvestre, já com cerca de 50 laboratórios cadastrados no Brasil, se organiza para integrar os processos de diagnóstico da saúde silvestre, aportar resultados confiáveis ao Sistema e ainda, construir estratégias que permitam o fortalecimento da capacidade instalada de laboratórios e pessoas no País.

Os laboratórios da Rede contam com cerca de 70% de mestres e doutores, o que mostra o potencial de desenvolvimento e contribuição da Rede para a validação do modelo de alerta. A expectativa é que a modelagem traga resultados confiáveis que poderão não só esclarecer relações entre saúde silvestre e humana como informar antecipadamente sobre a circulação de doenças em animais silvestres antes que acometam humanos.

A Rede Participativa em Saúde Silvestre é composta por pesquisadores, especialistas, agentes de saúde humana e agropecuária e ambientais, gestores, empreendedores, estudantes e a sociedade em geral interessada no tema e disposta a contribuir com Sistema de Informação em Saúde Silvestre.   

“A ideia é que o sistema funcione com o que hoje chamamos de ciência cidadã, em que o cidadão passa a fazer parte da pesquisa, sendo capacitado na medida em que o Centro de Informação leva de volta a ele informação condensada e estudada pelo SISS, para que possa aprender e melhorar cada vez mais a qualidade da informação fornecida, como por exemplo a identificação de espécies”, exemplifica a pesquisadora Marcia Chame.

“Nós temos a capacidade, precisamos melhorar o fluxo de informação. Esperamos que junto com a sociedade possamos construir esse projeto inovador. A perspectiva é muito boa para o futuro. Fica o convite para que todos participem”, diz.